O arroio Carijinho está passando por um novo desassoreamento. O processo prevê a remoção de materiais, como pedras e entulhos, que ficaram depositados ao longo do leito do arroio após a enchente de abril e maio. Conforme o engenheiro ambiental, Marcos Trindade, responsável pelo projeto técnico, parte do material está sendo usado para renovar as margens do arroio, estreitando a calha, que em alguns lugares passa dos 30 metros.
Em entrevista ao Programa Enfoque desta segunda-feira (09), ele disse que o material que sobra é usado em obras públicos ou guardado em num depósito público para ser reutilizado futuramente. A iniciativa ainda prevê o reflorestamento da mata ciliar, que auxilia na retenção das margens em episódios de altos volumes pluviométricos. Questionado se uma nova enxurrada pode devolver os materiais retirados ao leito do Carijinho, Trindade disse que esta é uma possibilidade plausível e por isso que o desassoreamento periódico é o mais recomendado.
A obra já está bastante avançada e as máquinas seguem trabalhando nas proximidades da ponte da antiga delegacia de polícia. O desassoreamento deve seguir até a barragem de captação de água da Corsan. Após este processo, conforme o engenheiro, também deve haver o repovoamento de peixes, com nova soltura de alevinos, além da semeadura e plantio de espécies nativas de árvores nas margens do Carijinho.