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O Município de Arroio do Tigre vai decretar, na tarde desta segunda-feira, 16, situação de emergência em decorrência da estiagem que assola o Rio Grande do Sul. De acordo com o extensionista rural da Emater do município, Ismael Henrique Begrow, em entrevista ao Programa Enfoque, o levantamento feito até a última sexta-feira, 13, apontava uma perda de R$ 49 milhões. Este valor se aproxima do PIB do município, previsto em R$ 60 milhões para 2023.
A cultura mais afetada é o milho. Ele lembrou que os últimos episódios de chuva foram muito irregulares, atingindo localidades com 40 milímetros e em outras quase não choveu. No caso do milho, as lavouras plantadas na metade de agosto em diante sofreram grandes quebras devido ao estresse hídrico. Segundo Ismael, algumas chagam a perdas de 80%.
Já o milho plantado cedo teve um bom desempenho. Na média, a perda foi de 35% nas lavouras de milho em Arroio do Tigre. Com relação à soja, as perdas ainda são inconclusivas. Ele explicou que devido ao atraso da colheita de trigo, o plantio de soja também atrasou, o que diminuiu o impacto da seca nessa cultura. Um dos fatores citados pelo extensionista e que podem mudar essa realidade é o solo.
Segundo ele, solos mais argilosos estão mais propensos a equilibrar a falta de água, enquanto que solos com maior presença de pedras, por exemplo, têm maior deficiência hídrica. A previsão do tempo, no entanto, coloca possibilidade de chuva com maior precisão somente para o final desta semana. Enquanto isso, as perdas nas lavouras devem ser acentuadas.