Foto: Bruno Rodrigues
O vereador Tainã Forgerini explicou os motivos que levaram à rejeição do projeto de construção de um novo centro administrativo municipal. O pedido de autorização para que a prefeitura obtivesse financiamento de até 3 milhões e 500 mil para esta finalidade foi rejeitado pela Câmara por 5 votos a 3. Em entrevista ao programa Enfoque desta quarta-feira, 19, o vereador do Progressistas disse que o seu voto contrário não foi motivado por questões partidárias e sim pela preocupação com o valor que o município desembolsaria para a construção. Para ele, é inviável o município assumir um compromisso financeiro que resultaria numa dívida de cerca de 1 mil reais por cidadão.
Nesta terça, o prefeito Valmor Mattana lamentou a rejeição e atribuiu isso à desinformação ou à ignorância dos vereadores. Tainã Forgerini afirmou que a prefeitura deveria implementar um projeto de desenvolvimento para enfrentar o êxodo populacional do município e não criar um passivo. Questionado sobre a construção da nova sede da Câmara de Vereadores, que está em andamento, ele disse que foi favorável porque é necessário um local adequado para audiências públicas e que caso contrário esse valor poderia ser gastos em diárias pelos vereadores, com as quais ele não concorda.
Além disso, lamentou que no início da atual legislatura o prefeito não teria comprido o compromisso de repassar para o hospital São João Evangelista cerca de 50 mil reais oriundos de economia feita pela Câmara. O vereador também disse que pesou na rejeição da proposta para construção da nova prefeitura o fato de o prefeito não ter atendido aos pedidos de informação feitos pelos vereadores, acrescentando que não havia um projeto de engenharia, nem mesmo a previsão do impacto financeiro do investimento e o local onde a nova prefeitura seria construída. Reconheceu que a atual sede do Executivo está em más condições, mas que uma reforma resolveria a situação.
Na mesma entrevista, o vereador Tainã Forgerini criticou o prefeito Valmor Mattana por não estar pagando o piso nacional do magistério para os professores do município. Conforme ele, caso isso não seja revertido, o município poderá ser cobrado judicialmente o que geraria um passivo no futuro. De acordo com o vereador, o novo plano de carreira da categoria está em discussão, e o Executivo ainda pode rever sua posição.