Produtores intensificam mobilização por securitização e prorrogação de dívidas no RS

Atos também contam com a presença de autoridades municipais e representantes de entidades
Foto: Natan Rothmund

Agricultores da região seguem mobilizados em defesa da securitização e da ampliação dos prazos para pagamento de dívidas. Na manhã desta sexta-feira, 30, o movimento também teve início em Sobradinho.

De forma pacífica, produtores se concentram na ERS-400, no trevo de acesso ao Cristo Acolhedor, manifestando mais uma vez a insatisfação com a situação enfrentada pelo setor agrícola no Rio Grande do Sul.

A mobilização também ocorre em Arroio do Tigre, na RSC-481, em frente ao posto de combustíveis da Cotriel e em Estrela Velha.  Na RSC-287, também há pontos de protestos.

Os atos também contam com a presença de autoridades municipais e representantes de entidades locais. Até o momento, o trânsito segue liberado nos dois sentidos das rodovias.

Fetag reconhece importância das medidas de auxílio aos agricultores afetados pela enchente e estiagem

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul, a FETAG-RS, reconhece como positivas as medidas anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na noite desta quinta-feira (29/05), voltadas ao enfrentamento das consequências da estiagem e dos eventos climáticos extremos que atingiram o estado nos últimos anos. Entre os principais pontos das resoluções, está a autorização para a prorrogação de até três anos do pagamento das parcelas das operações de custeio contratadas no âmbito do Pronaf e Pronamp, além da possibilidade de prorrogação de parcelas de investimento com vencimento em 2025 por até um ano.

Segundo a resolução as renegociações podem ser feitas mantendo os recursos equalizados pelo Tesouro Nacional com a taxa de juros do contrato para agricultores que comprovarem as perdas com laudo agronômico. A FETAG-RS destaca que essas decisões foram fruto da mobilização intensa dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, entidades representativas dos agricultores e correspondem ao que já havia sido negociado anteriormente com os Ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Outro ponto de destaque foi a linha de financiamento de capital de giro para cooperativas agropecuárias, com teto de até R$ 120 milhões por cooperativa e R$ 90 mil por associado, com prazo de até 10 anos, incluindo 2 anos de carência, e juros de 8% ao ano para cooperativas do Pronaf e 10% para as demais.

Para o presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, os avanços são relevantes, mas ainda não atendem totalmente a necessidade dos agricultores e pecuaristas familiares. A Federação também lamenta a ausência das prometidas resoluções sobre o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), consideradas essenciais para mitigar as perdas dos agricultores.

A FETAG reforça o chamado para que os agricultores e pecuaristas familiares afetados, busquem imediatamente as instituições financeiras com laudo de perdas em mãos para acessar os benefícios aprovados.

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