A presença de palometas na Bacia do Rio Pardo está aumentando consideravelmente. Sem predadores naturais, os peixes, que são oriundos do Pantanal, Rios Uruguai e Paraguai, estão se alastrando pelo Rio Grande do Sul até mesmo em Lagoas. As palometas chegaram há alguns anos, e desde estão sua população vem crescendo desenfreadamente, causando prejuízos para pescadores profissionais e amadores.
Os peixes pescados estão apresentando “lesões” nas caudas e nadadeiras. Além disso, peixes pequenos são quase que todos devorados. As palometas, que podem chegar a até 30 centímetros, não possuem predadores naturais, a não ser o Dourado, peixe em extinção nos rios da região. Em Candelária, a EMATER elaborou um relatório que foi encaminhado ao governo do Estado e a FEPAM, explicando a situação na região do Vale do Rio Pardo.
Segundo o extensionista, Sanderlei Pereira, a presença desta espécie de peixe já é realidade até mesmo em pequenos córregos, e com as enchentes enfrentadas nos últimos anos, se espalhou ainda mais. Nessa segunda-feira (17) um ofício foi encaminhado pelo gabinete do deputado Estadual Adolfo Brito à secretária estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kaufmann, solicitando informações e medidas efetivas para o combate ao povoamento das palometas.
Para isso, segundo Sanderlei Pereira, é necessário um estudo efetivo para que alguma atitude seja tomada. Uma delas seria o repovoamento de dourados nas bacias dos rios de todo o Estado a fim de que haja o combate ao aumento do número de palometas, porém, esse é um trabalho a longo prazo. Apesar da presença de palomentas na bacia do Rio Pardo, até o momento, não houve registro de ataques a humanos.