Foto: Arquivo Pessoal
Nesta terça-feira, 27, completa-se um mês do desaparecimento dos jovens Henrique Nunes, de 20 anos, e Andrei Santos, de 18 anos. Os dois foram vistos pela última vez na madrugada do dia 27 de agosto, durante um baile em Lagoa Bonita do Sul. Na última semana, a delegada responsável pelo caso, Graciela Foresti Chagas, em entrevista ao programa Enfoque da Rádio Sobradinho AM, destacou que o trabalho de investigação e as evidências apurada mantêm o homicídio como principal hipótese. Desde o desaparecimento, as buscas e investigações seguem diariamente.
Nesta terça-feira ,27, o Portal Gaúcha ZH publicou uma reportagem na qual a Delegada revela que na semana seguinte ao sumiço, a Polícia encaminhou para o Instituto-Geral de Perícias (IGP) material coletado ao longo das investigações. Dentre eles, uma peça de roupa com sangue que foi apreendida, junto com outros itens, encontrados na casa do pai de um integrante de uma facção de Salto do Jacuí, mas que reside no interior de Lagoa Bonita. Desde então, a Polícia Civil aguarda o laudo das perícias que tem como objetivo inicial descobrir se o sangue encontrado na roupa era animal ou humano. A delegada aguarda ainda o resultado desta análise que pode ser decisiva para o caso.
As mães de Henrique e Andrei também foram submetidas a coleta de amostras de DNA no dia 12. Devido a logística de transporte do material, as amostras chegaram na sede do departamento de perícias laboratoriais do IGP, em Porto Alegre, apenas no dia 16 de setembro. Em nota, o IGP apresentou um prazo de três semanas para entrega do resultado da análise pericial entre os materiais entregues ao instituto e o material genético das mães. Segundo a delegada da Polícia de Sobradinho, enquanto os resultados das perícias são aguardadas, as buscas seguem na região.
Graciela conta que houve mais um mandado de busca e apreensão de alguns veículos que estavam na região metropolitana de Porto Alegre que foram vistos no local e na data do ocorrido em Lagoa Bonita do Sul. Um dos carros foi apreendido. Segundo ela, não se pode dizer que tipo de vestígio possui o carro. Graciela salienta que o veículo foi apreendido na semana passada e no mesmo dia o IGP, atendendo solicitação da Polícia, foi até o local fazer a coleta. Entretanto ainda não foi revelado o que foi localizado no interior do veículo. A solicitação foi feita dentro dos autos, pois o veículo é identificado do como parte do comboio do principal suspeito.
Desde o início das investigações, existem suspeitas que apontam que o caso tenha relação direta com duas facções criminosas. A Delegada destaca que não há uma certeza plena das motivações, mas a Polícia possui especulações sobre este fato que não pode divulgar, mas que envolvem circunstâncias destes grupos. Graciela salienta que mesmo que Henrique Nunes e Andrei Santos, não tivessem ficha criminal e não estivessem envolvidos diretamente com facções, naquela noite, saíram com dois amigos que são de uma facção criminosa que atua na região Centro-Serra. A outra, seria a facção criminosa de Salto do Jacuí, com quem os amigos deles entraram em confronto naquela noite. “Neste momento não temos elementos que justifiquem tecnicamente um pedido de prisão preventiva” — ressalta a delegada Graciela Foresti Chagas.
