Dois meses e meio após o início da enchente, 43 alunos do ensino fundamental seguem com aulas remotas no município. O motivo é a falta de condições das estradas para o tráfego dos ônibus do transporte escolar. A informação foi divulgada pela secretária da Educação, Sinéia Rech. Em entrevista ao programa Enfoque desta quarta-feira, 17, ela explicou que o problema maior é a instabilidade do tempo o que dificulta a recuperação dos pontos mais críticos.
A secretária disse que nenhuma foto retrata o tamanho dos danos causados pelos rios e deslizamentos de terra. Segundo ela, em duas ocasiões as chuvas voltaram a destruir as obras de recuperação que já estavam concluídas. Sinéia Rech declarou que fica muito sentida com a situação e reconhece que a presença dos alunos na escola é fundamental, mas lembrou que na pandemia também foi necessária enviar o conteúdo para os alunos. Eles recebem as atividades por meio das redes sociais ou um veículo tracionado da prefeitura leva o material impresso. alguns pais manifestam preocupação com a qualidade das aulas a distância.
As localidades mais atingidas são Costa do Rio, Lajeado Sobradinho, Caçador, Posse do Caçador, Baixo Passa Sete, Linha Borges e Carijo do Buraco. Nesta última localidade foi retomado o transporte escolar na semana passada, mas a estrada já apresenta muita dificuldade para a passagem do ônibus. Uma possibilidade em avaliação é transferir alguns alunos para outras escolas com melhor acesso. Transportar os estudantes em segurança é a maior preocupação, disse a secretária. Segundo ela, com duas semanas de sol provavelmente todos os alunos possam ser transportados.
A escola Carmem Lisboa Trindade, de Murta, apresenta o maior número de alunos ainda com aulas a distância. Além dos 43 alunos do ensino fundamental, oito estudantes do ensino médio também estão com aulas remotas em Passa Sete.
