Está se aproximando a data que marca o final do período de inscrições para o Programa de Recuperação Socioprodutiva, Ambiental e de Incremento da Resiliência Climática da Agricultura Familiar Gaúcha — Operação Terra Forte, lançado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural, em junho deste ano. Os agricultores e pecuaristas familiares do Centro Serra, interessados, podem fazer a inscrição nos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar, até sexta-feira, dia 17 de outubro.
O Terra Forte foi criado em resposta aos impactos recorrentes de eventos climáticos extremos sobre o meio rural gaúcho, como estiagens prolongadas, chuvas intensas e inundações que afetaram milhares de propriedades nos últimos anos. A proposta é fortalecer a agricultura familiar, promover a recuperação dos solos e aumentar a resiliência climática das propriedades rurais. Com investimento inicial de R$ 300 milhões e previsão de alcançar R$ 903 milhões nas fases seguintes, recurso proveniente do Fundo de Reconstrução do Rio Grande do Sul (Funrigs), o programa integra o Plano Rio Grande, que busca reconstruir o Estado com mais sustentabilidade e preparo para os desafios do futuro.
Voltado a agricultores e pecuaristas familiares, conforme as definições da legislação federal e estadual, o programa prevê o diagnóstico das propriedades, a elaboração de planos individuais de recuperação, assistência técnica continuada, a estruturação de patrulhas agrícolas mecanizadas e a divulgação de tecnologias sustentáveis de baixa emissão de carbono. As ações são executadas pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural, e devem beneficiar diretamente 15 mil famílias de agricultores familiares, com impacto potencial em até 150 mil unidades produtivas em todo o Estado.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Vilson Covatti, destaca que o Operação Terra Forte “é o maior programa já realizado no Estado voltado à recuperação dos solos e à resiliência climática”. Conforme ele, “mais do que um investimento financeiro, é uma mudança de cultura no uso e manejo do solo, valorizando práticas que ajudam a reter água e equilibrar o ciclo hidrológico, fortalecendo a agricultura familiar como base da produção de alimentos”.
Já o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, reforça que “a Extensão Rural e Social tem papel decisivo nesse processo de adaptação às mudanças climáticas”. Segundo ele, “o solo é a chave para reter mais água, melhorar o desenvolvimento das plantas e tornar a agricultura parte da solução, ressaltando que através do diálogo, orientação técnica e presença constante no campo, será possível construir, juntos, a resiliência necessária para o futuro”.
