O valor da saca do feijão vendida no município, tem o maior valor registrado no Rio Grande do Sul, conforme as cotações agropecuárias da EMATER. Segundo o levantamento semanal que divulga o acompanhamento de preços recebidos pelos produtores do Estado que sistematiza dados atualizados sobre preços pagos ao produtor dos principais produtos de cultivo e criações, oferecendo comparação entre preços semanais e anteriores, o preço médio do Feijão no Estado é de R$ 260,00 e o menor valor é de R$ 190,00, comercializado nas cidades de Nova Palma e Cruz Alta.
Sobradinho é apontado com o maior preço do Estado, com a saca de 60kg de feijão, sendo vendida a R$ 380,00. O produtor de sementes de Feijão da localidade de Campestre, interior de Sobradinho e presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Feijão do Rio Grande do Sul, acredita que esse valor divulgado, seja o preço final praticado ao consumidor e não o valor real pago ao produtor. Tarcísio Cereta revela que na semana passada, comercializou a saca de Feijão a R$ 240,00 em uma empresa de Arroio do Tigre, e disse que nos últimos dias houve uma queda de quase R$ 100 reais no valor. Cereta informou acompanhar diariamente as cotações praticadas no Brasil, e o preço médio do Feijão preto está em R$ 260,00.
Já o chefe do escritório da Emater de Sobradinho Rotiere Guarienti, confirmou o valor do preço divulgado e praticado no município. Segundo ele, os poucos produtores de feijão que ainda restam em Sobradinho, optam pela venda fracionada do produto, sendo considerado então pela instituição, o preço final para o consumidor. Ele revela que para o preço final divulgado, seu cálculo leva em conta uma média de R$ 6,30 o quilo comercializado, porém revela que há produtores que vendem o quilo de feijão a R$ 9 reais direto ao consumidor. Guarienti, também lembra que na última chamada do Programa Nacional de Alimentação Escolar que contemplou escolas municipais de Sobradinho, o preço pago ao produtor de feijão foi de R$ 9,69 o quilo.
O chefe do escritório da Emater informou que atualmente a área plantada de feijão em Sobradinho é de 100 hectares safra, e 50 hectares safrinha, porém esse ano calcula-se que o feijão safrinha teve apenas de 50 a 60 % da área plantada devido a estiagem. Rotiere Guarienti lembra que Sobradinho era considerada a capital do Feijão, o que hoje não é mais uma realidade, pois municípios vizinhos que se emanciparam de Sobradinho, detêm grande parte da produção. Este é o caso de Arroio do Tigre que, devido ao clima, na safrinha cultivou 600 hectares e na safra normal, 210 hectares, segundo dados da Secretaria Municipal da Agricultura.