Às vésperas da 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 11), o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) expressou preocupação com a postura da delegação brasileira e criticou declarações da secretária-executiva da Conicq, Vera Luiza da Costa e Silva.
O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, apontou contradições entre o discurso público do governo, de apoio aos produtores, e as propostas apresentadas nas conferências, gerando insegurança para o setor. Ele lembrou de propostas anteriores que buscavam reduzir a área plantada e restringir a assistência técnica aos produtores.
Thesing também criticou a exclusão de representantes do setor, prevista no Artigo 5.3 da Convenção-Quadro, e defendeu a necessidade de diálogo com produtores, prefeitos e parlamentares de regiões fumicultoras. Segundo ele, o embaixador do Brasil em Genebra prometeu abrir espaços de diálogo durante a COP 11, compromisso que o sindicato cobra para ser cumprido.
O dirigente contestou ainda a associação entre a pauta ambiental e a proibição de filtros de cigarro, argumentando que o setor já cumpre a legislação ambiental e que tal medida poderia favorecer o mercado ilegal.
O SindiTabaco reafirmou que a diversificação das propriedades rurais ocorre desde 1985, mas destacou que o tabaco continua essencial para a renda das famílias, representando 59% dos R$ 24,7 bilhões gerados pelos produtores na safra 2024/25. O sindicato defende políticas públicas que valorizem o setor e garantam diálogo com os agricultores.








