O Sindicato da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) diz acompanhar o anúncio da tarifa adicional de 50% da taxa de exportação dos produtos brasileiros aos Estados Unidos com “preocupação”. Para a entidade, a medida, anunciada como parte de um pacote de retaliações comerciais, pode “comprometer a competitividade do tabaco brasileiro no mercado norte-americano”, sendo o terceiro maior destino em volume e valor para os EUA.
Para Valmor Thesing, presidente do SindiTabaco, o momento exige responsabilidade e equilíbrio. Segundo ele, no início de 2025, o tabaco brasileiro pagava uma tarifa média de US$ 0,37 por quilo para entrar nos EUA. Esse valor foi acrescido em 10% em abril, no primeiro anúncio feito pelo presidente Donald Trump, e agora, com o adicional de 50%, a competitividade do produto brasileiro no mercado norte-americano fica ameaçada.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC/ComexStat), entre janeiro e junho de 2025, o Brasil exportou 19 mil toneladas de tabaco aos Estados Unidos, gerando US$ 129 milhões em receita. No acumulado de 2024, foram 39,8 mil toneladas e US$ 255 milhões em vendas externas para o país. Seriam 9% das exportações totais brasileiras do setor, que alcançam, em média, 500 mil toneladas por ano para mais de 100 países.