O retorno da regionalização dos partos para Arroio do Tigre não será possível em 2025. Foi o que revelou, durante entrevista ao Programa enfoque desta segunda-feira (19), a secretária da Saúde do município, Diana Rauber Mergen. Ainda na semana passada, gestores dos municípios da região estiveram reunidos em uma nova tentativa para que os partos fossem realizados no Hospital Santa Rosa de Lima.
Conforme Diana, duas situações impossibilitam o procedimento neste ano. Uma delas é a situação financeira deliciada de muitos municípios que ainda se recuperam das enchentes. Outra situação é a falta de profissionais médicos, como obstetras e anestesistas, na região.
Conforme Diana, esses profissionais precisam estar disponíveis 24 horas por dia para viabilizar o serviço de partos. Ela ainda destacou que o repasse por parte do Estado é de apenas R$ 28 mil por mês e que os municípios precisariam aportar um recurso ainda maior para que o serviço funcionasse em Arroio do Tigre. Atualmente, a referência em partos para os sete municípios da região é o Hospital de Candelária. A casa de saúde recebe o valor de R$ 3,09 per capita, repassado pelos municípios.
Sobre os atendimentos médicos nas unidades de saúde de Arroio do Tigre, Diana informou que são consultadas de 12 a 15 pessoas diariamente. Segundo ela, é feita uma triagem inicial e que casos mais complexos são encaminhados diretamente ao Hospital Santa Rosa de Lima.
Ela lembrou que o município compra serviços do Hospital e que, fora do horário de atendimento dos postos de saúde, a orientação é para que as pessoas procurem diretamente a casa de saúde.
No entanto, ela concordou que algumas pessoas estão fazendo mau uso do serviço e que o hospital deve ser procurado somente em situações de urgência e emergência. Ela ainda revelou que o município teria a intenção de participar de uma administração conjunta do hospital, a fim de buscar soluções e novos serviços.