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Reunião que discutiu a saúde em Sobradinho tem debate acalorado, mas sem resultado prático

A iniciativa de propor a reunião veio após muitas cobranças sobre o atendimento da saúde no município. Porém, a única decisão concreta foi a formação de uma comissão para continuar discutindo estes assuntos.

Foto: Divulgação

A reunião convocada pelo prefeito Armando Mayerhofer para tratar da situação do atendimento hospitalar no município de Sobradinho, na tarde dessa quinta-feira (15), resultou em um debate acalorado. Em vários momentos houve divergências entre os presentes. Participaram do encontro, além do prefeito, vereadores, representantes do Conselho Municipal da Saúde, do Hospital Cristo Acolhedor, da 8ª Coordenadoria Regional da Saúde, e a secretária da Saúde, Ana Feron.

Em entrevista ao programa Enfoque nesta sexta-feira, 16, o prefeito explicou que tomou a iniciativa de propor a reunião depois de ouvir muitas cobranças sobre o atendimento na saúde, para que cada setor envolvido pudesse esclarecer sobre suas responsabilidades. Conforme Mayerhofer, ele tem sido cobrado por vereadores, especialmente no que diz respeito à regionalização dos partos.

Atualmente, Sobradinho leva suas gestantes para Candelária, onde são feitos os partos pelo SUS. Ele afirmou que o hospital Cristo Acolhedor de Sobradinho fez um grande investimento no centro obstétrico, mas por questões burocráticas não foi contemplado pela Secretaria Estadual da Saúde para ser a referência neste serviço no Centro Serra. Mayerhofer afirmou que não faz sentido transportar as gestantes até o município vizinho e defendeu que a 8ª Coordenadoria Regional da Saúde reveja as exigências feitas ao hospital, que segundo ele, inviabilizaram a contratualização.

O prefeito garantiu também que o convênio do Pronto Atendimento vai continuar, mesmo depois da saída dos municípios de Passa Sete, Lagoa Bonita e Ibarama, que optaram pelo hospital de Arroio do Tigre. Sobre a possibilidade de o município assumir a gestão do hospital, Mayerhofer disse que isso é inviável devido ao elevado custo para a prefeitura. Quanto aos rumores de que uma instituição de Santa Cruz do Sul teria esse interesse, o prefeito disse que isso dependeria exclusivamente de negociações entre as duas partes, e não do Executivo.

Já o responsável pela 8ª Coordenadoria Regional de Saúde, também em entrevista à Rádio Sobradinho, declarou que qualquer serviço a ser instalado precisa passar pelo crivo da legislação e garantiu que não faltou interesse por parte da Coordenadoria para que a regionalização dos partos fosse implantada em Sobradinho. Ele confirmou que existe um impasse entre o Estado e o hospital. Enquanto o Governo exige a apresentação de uma equipe de profissionais para então contratualizar, o hospital quer primeiro a garantia do contrato para então buscar os profissionais.

O presidente da Associação Beneficente São Marcos, mantenedora do Hospital, por sua vez, afirmou que o atendimento do PA segue conforme o contrato com a prefeitura de Sobradinho. Shauan Oliveira explicou, no entanto, que segue a casa segue o Protocolo de Manchester, o qual prevê uma escala de atendimento de acordo com a gravidade dos casos.

Sobre a recente saída de Lagoa Bonita e Ibarama do convênio, ele assegurou que não foi por deficiência na prestação dos serviços, e sim por outro motivo que ele preferiu não revelar, e que estaria sendo analisado juridicamente. O dirigente também disse que a folha de pagamento dos funcionários está em dia. No encontro de ontem, nenhuma medida prática foi anunciada. A única decisão concreta foi a formação de uma comissão para continuar discutindo estes assuntos.

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