Foto: Erni Böck
Hoje completam-se treze anos da queda da ponte sobre Rio Jacuí, que ligava os municípios de Agudo e Restinga Seca na RSC-287. O período era de chuvas intensas com lavouras acumulando enormes prejuízos. Na manhã de 5 de janeiro de 2010, produtores rurais, entre eles o vice-prefeito de Agudo Hilberto Boecke, foram até o local. A força das águas fez com que cem metros da estrutura — de 314 metros de extensão — de concreto ruíssem. Além do vice-prefeito, 14 pessoas acabaram caindo no leito do Rio, e foram levadas pela correnteza. Na ocasião, mais de cem profissionais do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Exército e Força Aérea foram mobilizados na operação de buscas.
Além de Hilberto Boecke, também morreram Nelo dos Santos, Renato Camargo, Denise Marion Dumke e Lori Ella Niemeyer Dumke. Outros 10 moradores foram encontrados com vida. Com a queda da estrutura, que é a principal ligação da Região Central à Capital, a travessia da RSC-287 teve de ser deslocada para o rio pela balsa Deusa do Jacuí, que operou no local até 3 de dezembro de 2010, quando a nova ponte foi inaugurada pela então governadora Yeda Crusius. A construção durou sete meses e custou R$ 53 milhões, tendo 423 metros, quase 110 metros a mais do que a antiga, que havia sido erguida em 1963.
Foram mais de mil toneladas de aço e 3 mil metros cúbicos de concreto utilizados na nova construção. A base da ponte foi fixada diretamente nas rochas abaixo do leito do rio e conta com estacas cravadas em profundidade de 25 metros. A nova ponte recebeu o nome de Travessia Hilberto Boeck, em homenagem ao vice-prefeito morto na tragédia.