O golpe do falso advogado já fez muitas vítimas na região e está cada vez mais frequente. A informação é do advogado e presidente da OAB Subseção Sobradinho, Dalmir Rech. Ele falou ao Programa Enfoque da Rádio Sobradinho na manhã desta sexta-feira (14) e orientou como as pessoas devem agir ao serem abordadas por criminosos se passando por advogados nos aplicativos de mensagem.
Segundo Dalmir, os advogados não entram em contato com seus clientes pedindo valores para liberar quantias maiores em dinheiro. Ele ressaltou que, geralmente, esses pedidos por parte dos criminosos vêm acompanhados de muita urgência e passam credibilidade, pois utilizam fotos, logomarcas e inscrições reais da OAB dos advogados. Além disso, eles também têm acesso aos processos, com o nome das partes envolvidas, através dos sistemas informatizados dos Tribunais de Justiça dos estados.
Rech também destacou que, se constatada a tentativa de golpe, o registro deve ser feito na Polícia Civil para que o órgão possa investigar os criminosos. Ele frisou que, antes de fazer qualquer transferência bancária, as pessoas devem contatar seus advogados, de preferência pessoalmente, a fim de se informar se o contato foi feito realmente pelo profissional. O presidente da OAB também destacou que, com o final do ano, as tentativas de golpe devem se intensificar e que o cuidado deve ser redobrado. Segundo ele, por enquanto, a informação é a arma mais eficaz contra os golpistas.
Na última semana, o colégio de presidentes das subseções da OAB/RS esteve reunido e deliberou sobre algumas ações, como notificar as empresas administradoras dos aplicativos de mensagens pedindo aumento na segurança para a criação de contas, a fim de evitar o uso indevido de nome e foto de advogados.
A OAB/RS também vai se reunir com as empresas de telefonia para falar a respeito do cadastro de chips e números de celular usados por criminosos que, muitas vezes, já estão presos. Outra ação que a entidade pretende implementar é o diálogo com o Conselho Federal da OAB (CFOAB), pois é necessária uma avaliação, pelo Conselho Nacional de Justiça, sobre a consulta processual nos portais Jusbrasil e Jus.br, que hoje permitem acesso a dados de processos.







