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Policiais Civis promovem mobilização em Porto Alegre

Os policiais reclamam do excesso de operações, que resultam em carga demasiada de trabalho, do déficit de pessoal, dos salários congelados, e também da falta de progressão da carreira

Foto: Divulgação

Representantes da Polícia Civil participaram nessa terça-feira, 03, da “Marcha da Polícia Civil”, em frente ao Palácio da Polícia, em Porto Alegre. Na ocasião, houve caminhada até a Praça da Matriz, seguida de ato público em frente ao Palácio Piratini e Assembleia Legislativa. A mobilização foi promovida pelo Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Estado, Ugeirm-Sindicato, pela Associação dos Comissários de Polícia do Rio Grande do Sul e pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil – Sinpol-RS.

O evento contou também com apoio da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul. Os policiais reclamam do excesso de operações, várias vezes por semana, que resultam em carga demasiada de trabalho. Acrescentam a isso, o déficit de pessoal, segundo eles, algo que acontece desde que existe a Polícia Civil e aumenta a cada ano que passa, salários congelados e falta de promoções na carreira. Os Delegados, segundo informado pelos responsáveis, sofrem o mesmo problema.

Conforme o presidente da Associação dos Delegados, Guilherme Wondracek, a categoria está com uma carga de trabalho absurda, combatendo o crime nas ruas, com operações contra a criminalidade todos os dias. Ele ressalta que “essa situação tem levado os policiais a pedir afastamento para cuidar da sua saúde física e mental. As entidades fazem questão de ressaltar que concordam com as operações, desde que a carga de trabalho seja dosada e remunerada de acordo.

Em resposta à mobilização dos policiais, a Secretaria da Segurança Pública informa que fez reuniões com todas as entidades que puxam o ato. A secretaria destaca o empenho da Polícia Civil no combate à criminalidade e garante que trabalha pelo fortalecimento da corporação. Com relação ao quadro de pessoal, a Secretaria de Segurança Pública reitera que em 2023 o efetivo foi reforçado com o ingresso de 26 delegados, 125 inspetores e 119 escrivães. Além disso, outros 341 agentes estão em formação na Academia de Polícia Civil. Falando a reportagem das Rádios Sobradinho AM e Jacuí FM, Isaac Ortiz – presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Estado – entidade que representa a categoria disse que o atual Governo Estadual está utilizando politicamente a classe Policial. Conforme ele, o governador não recebe e não abre discussões para que seja debatida a atual situação da Policia que está ocorrendo em todo o Estado.

Ortiz destaca que o evento dessa terça-feira, foi apenas uma demonstração do que está previsto para as próximas mobilizações da categoria, que exige, pelo menos, explicações e respeito pelo trabalho que é feito, apesar da falta de efetivo e das condições que a Polícia Civil se encontra no Estado. Isaac Ortiz vai conceder entrevista ao programa Quadro Geral da Rádio Sobradinho AM, às 16 horas desta quarta-feira. As Delegacias de Sobradinho e Arroio do Tigre estiveram representadas no ato por dois policiais.

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