Polícia estuda pedir exumação do homem morto pela Brigada Militar em Sobradinho

O Inquérito Policial Militar deverá estar concluído até o final de dezembro

Foto: Reprodução

A Polícia Civil estuda a possibilidade de solicitar a exumação do corpo de Dilseu Mayerhofer, 40 anos, para esclarecer as circunstâncias em que ele foi morto. Mayerhofer foi atingido por um disparo de arma de fogo efetuado por um policial militar, na noite de 22 de outubro, nas margens da ERS 400, em Sobradinho. Na ocasião, a Brigada Militar foi acionada devido a uma desordem familiar que ocorria na casa da vítima.

Em entrevista à Rádio Sobradinho nesta quinta-feira, 10, a delegada Graciela Foresti Chegas informou que pediu ao Judiciário que determine a entrega da arma utilizada pelo brigadiano que foi enviada pela Brigada Militar para o Instituto Geral de Perícias. A delegada disse que a arma deveria ter sido enviada para a delegacia e não ao IGP, uma vez que a responsabilidade pela investigação da morte é atribuição da Polícia Civil. Ela acrescentou que o Inquérito Policial Militar, instaurado pelo corporação, apura apenas a possível responsabilização administrativa do PM envolvido.

Graciela Foresti Chagas acrescentou que não é possível saber o que pode ter acontecido com arma após o fato e que isso pode prejudicar a investigação. Graciela Foresti Chegas também revelou que o exame de necropsia não encontrou o projetil no corpo da vítima e que, por isso, estuda a possibilidade de solicitar a exumação. Ela também poderá pedir a reconstituição do crime. Sobre os depoimentos das testemunhas, ela preferiu não revelar detalhes, mas adiantou que as versões são contraditórias com o que foi registrado inicialmente na delegacia.

No dia seguinte a morte do homem, a Brigada Militar informou que a guarnição de serviço encontrou uma pessoa ferida por golpes de facão no local dos fatos. O homem apontado como responsável pela agressão, de acordo com os PMs, estaria totalmente descontrolado e teria investido contra os policiais, sendo necessário efetuar um disparo de arma de fogo para cessar a ação.

Em entrevista ao portal Gaz, o major Marcos Migotto Carneiro, chefe da Corregedoria Regional do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo, disse que a arma foi encaminhada para o Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre no dia 25 de outubro, e não há uma obrigação por parte da Brigada Militar em repassar a pistola diretamente à Polícia Civil. Ele ainda informou que ofereceu à Polícia Civil o compartilhamento de provas, incluindo as perícias. O Inquérito Policial Militar deverá estar concluído até o final de dezembro.

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