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Polícia Civil desvenda todos os detalhes sobre caso de recém-nascido encontrado no lixo em Encruzilhada do Sul

O bebê apresentava duas profundas lesões no tórax, as quais, segundo o delegado Palomínio, não podem ter sido produzidas pelo caminhão de lixo, nem pela lixeira

Foto: Redes Sociais

A Polícia Civil desvendou todos os detalhes do caso trágico de bebê recém-nascido encontrado morto no lixo, na Rua Érico Veríssimo, no Bairro Campos Verdes, Encruzilhada de Sul. A mãe da criança, de 18 anos, foi presa preventivamente nesta sexta-feira, acusada de matar seu próprio filho após o parto, e jogar o corpo no lixo. Ao delegado Róbinson Palomínio, a mulher confirmou ter feito o parto e jogado o bebê no lixo. Entretanto, negou saber que estava grávida anteriormente. Além disso, disse que, aparentemente, o bebê havia nascido sem vida e que o colocou no lixo por medo de que seus familiares “ficassem contra ela”.

As investigações iniciaram na segunda-feira, 23, à noite, após um funcionário da empresa que faz a coleta encontrou o bebê recém-nascido já morto junto ao lixo que foi colocado no caminhão de coleta. De acordo com o delegado, foi solicitada perícia para verificar se o bebê nasceu com vida. O exame foi emitido e teve o resultado positivo. Por isso, como o bebê respirou fora do útero, se trata de homicídio e não de aborto.

De acordo com o delegado Róbinson Palomínio, além desse crime, a investigada também responderá por ocultação de cadáver, visto que, após o parto, colocou o recém-nascido no lixo. A Polícia Civil chegou a ouvir familiares da mulher de 18 anos, os quais afirmaram que, caso a investigada estivesse grávida, diriam para ela que acolheriam o bebê. Além disso, ao desconfiar da gravidez dela há alguns meses, falavam para ela fazer exames. Mas ela se negava a fazer e ficava brava quando era questionada sobre isso. Inclusive, em uma das oportunidades, mentiu ter feito um exame e mentiu sobre o resultado, detalhou o delegado.

O bebê apresentava duas profundas lesões no tórax, as quais, segundo Palomínio, não podem ter sido produzidas pelo caminhão de lixo, nem pela lixeira. A conclusão da Polícia Civil é de que a presa não queria o filho, por isso rejeitou a hipótese de estar grávida desde o início e, quando o bebê nasceu, organizou uma maneira de se livrar dele imediatamente. Após ser presa pela Delegacia de Polícia de Encruzilhada do Sul, a mulher foi encaminhada à Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

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