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Perdas com a enchente superam R$ 95 milhões aos produtores de tabaco do Rio Grande do Sul

É o que aponta o levantamento realizado pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) junto às empresas associadas.
Foto: SindiTabaco

A enchente sem precedentes que afetou o Rio Grande do Sul no início de maio e alterou a vida de milhares de pessoas, trouxe prejuízos para quase dois mil produtores de tabaco. É o que aponta o levantamento realizado pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) junto às empresas associadas.

Nesta quinta-feira, 06 de junho, o presidente do SindiTabaco se reuniu com a diretoria da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAG-RS) e da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (FARSUL) para apresentar e analisar os números. Segundo Iro Schünke, presidente do SindiTabaco, a pesquisa reflete a realidade da segunda quinzena de maio, quando o momento ainda era de algumas dificuldades de acesso e de comunicação em muitas localidades.

Ao todo, 1.929 propriedades rurais foram atingidas pelas cheias em 75 municípios listados no levantamento. Em termos de produtores afetados se destacam Candelária, onde 214 produtores tiveram prejuízos, seguida de Agudo (136), Barros Cassal (132), Venâncio Aires (116), Arroio do Tigre (101), Gramado Xavier (96), Segredo (89), Boqueirão do Leão (78), Ibarama (71), Passa Sete (69), Sinimbu (67), Fontoura Xavier (63), Lagoão (63), Santa Cruz do Sul (61), Vera Cruz (58) e Paraíso do Sul (50). Considerando a valoração estimada das perdas, os dez municípios mais prejudicados foram Venâncio Aires (R$ 18,3 milhões), Candelária (R$ 16,52 milhões), Agudo (R$ 6,35 milhões), Ibarama (R$ 5,96 milhões), Santa Cruz do Sul (R$ 4,57 milhões), Vera Cruz (R$ 3,83 milhões), Paraíso do Sul (R$ 3,36 milhões), Sinimbu (R$ 2,98 milhões), Cruzeiro do Sul (R$ 2,47 milhões) e Arroio do Tigre (R$ 2,45 milhões).

O levantamento também demonstrou que 96% dos produtores que foram atingidos pretendem seguir produzindo tabaco. Segundo Iro Schünke “é preciso dar condições para que os produtores possam continuar o trabalho desta próxima safra e, nesse sentido, as empresas associadas já repuseram os insumos necessários para refazer 2.070 canteiros de mudas perdidos, investimento que alcança cerca de R$ 1,6 milhão”. Ele ressalta que o SindiTabaco está confiante de que, mesmo diante dessa tragédia, a produção de tabaco nas áreas mais afetadas deverá ficar próxima das estimativas projetadas para a safra 2024/25 que ainda está em fase inicial”.

Segundo o executivo, a indústria e a representação dos produtores estão fazendo o possível para minimizar as perdas, mas políticas públicas serão necessárias para atender emergencialmente os produtores, especialmente no acesso a linhas de crédito para a manutenção e construção de residências, estufas e galpões. Iro Schünke ressalta que a representação dos produtores é uma importante aliada para interceder junto aos órgãos governamentais neste momento de reconstrução, especialmente considerando que o produtor de tabaco é diversificado, pois ele também planta alimentos como milho, feijão, soja e arroz”.

Conforme o levantamento do SindiTabaco foram 1.929 produtores atingidos; 2.070 canteiros perdidos; 1.428 hectares de terra agricultável foram perdidos; 285 toneladas de fertilizantes perdidos e uma perda estimada na produção da safra 2024/2025 de 848 toneladas. Nas unidades de cura, ou seja, as estufas, 222 tiveram perdas parciais e 129 perdas totais. Nos galpões, 178 tiveram perdas parciais e 87 perdas totais. Foram registrados também danos nos domicílios: 140 com perdas de até 30%; 126 com perdas entre 30% e 70% e 86 domicílios com perda total.

Do Centro Serra também registraram prejuízos em lavouras de tabaco os municípios de Cerro Branco, Estrela Velha, Jacuizinho, Lagoa Bonita do Sul, Novo Cabrais, Paraíso do Sul, Passa Sete, Salto do Jacuí, Sobradinho e Tunas.

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