Padre Fernando Luiz Bolfe anuncia seu afastamento do sacerdócio

Fernando chegou à conclusão que não possui mais condições psicológicas e espirituais para viver como padre.
Foto: Redes Sociais

O Padre Fernando Luiz Bolfe anunciou nesta terça-feira (05), o seu afastamento do exercício do sacerdócio. Em um vídeo divulgado nas redes sociais da Paróquia Sagrada Família e no programa Enfoque da Rádio Sobradinho AM, ele relatou os motivos que o levaram a tomar a decisão. Fernando Luiz Bolfe explicou que fez uma reflexão séria e profunda com auxílio psicológico e espiritual que teve como fato determinante a sua grave enfermidade vivida recentemente. Ele afirmou que o período em que esteve hospitalizado “causou profunda experiência de fragilidade, dependência, debilidade e solidão”, e que esse sofrimento o levou a refletir muito sobre a sua vocação e a missão como padre, observando ainda, que buscou em Deus respostas para os acontecimentos de sua vida.

Acrescentou que chegou à conclusão que não possui mais condições psicológicas e espirituais para viver como padre. Ele agradeceu pelo acolhimento, amizade e carinho das pessoas, mas afirmou que não se sente feliz e realizado em sua vocação, e que a burocracia que a função exige e as diversas atividades que vinha desenvolvendo na paróquia vinham lhe causando esgotamento e cansaço demasiado. Fernando Luiz Bolfe lembrou que a condição de padre exige renúncias significativas, como abdicar de constituir família, e declarou que a solidão presbiteral se tornou insuportável, e as exigências, responsabilidades e desafios, insustentáveis.

Disse ainda que foi uma decisão dolorosa, mas que julga correta à luz da fé. Ainda não houve a nomeação de um novo pároco para Arroio do Tigre. Enquanto isso, o Padre Marcos Eichner seguirá atendendo a Paróquia Sagrada Família, juntamente com o Diácono Claudio Rauber e com o auxílio dos padres das paróquias vizinhas. Fernando Luiz Bolfe tem 45 anos, é natural de Sobradinho, foi radialista e, além das formações em Teologia e Filosofia, é formado em Direito. Ele exerceu o ministério presbiteral por nove anos e garantiu que, mesmo afastado da condição de padre, seguirá servindo à igreja.

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