Foto: Divulgação/Polícia Civil
Policiais Civis de Santa Catarina, através da Divisão de Investigação Criminal de Caçador (DIC), com apoio de diversas unidades de Polícia de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, deflagraram na manhã dessa quarta-feira, 24, a operação Damas do Golpe, com o cumprimento de 17 mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão domiciliar, em nove cidades diferentes, entre elas Salto do Jacuí, contra uma organização criminosa voltada ao cometimento do crime de extorsão, modalidade conhecida como sextorsão e/ou golpe do nudes.
Trata-se de uma espécie do crime de extorsão, amplamente difundido no Estado de Santa Catarina, em que criminosos, geralmente oriundos do Rio Grande do Sul, e muitas vezes reclusos em estabelecimentos prisionais, após prévio contato e eventual troca de mensagens íntimas por meio de redes sociais, exigem dinheiro das vítimas sob a condição de não prestar queixa e/ou de não divulgar as referidas fotos para seus familiares e amigos. No caso específico, a investigação teve início no início de 2023, quando diversas vítimas procuraram a polícia para informar que estavam sendo “extorquidas” por um perfil falso do Delegado Regional de Caçador/Santa Catarina, Fabiano Locatelli.
Ao todo, apenas na região do Meio-Oeste Catarinense, os criminosos lucraram em torno de R$ 60 mil, utilizando a imagem do Delegado. Com o aprofundamento da investigação, foi possível comprovar o envolvimento de diversas pessoas, como também evidenciar a alta lucratividade da atividade ilícita. Como exemplo, entre os meses de julho de 2022 a março de 2023, parte das contas bancárias que receberam valores dos golpes acima citados movimentaram cerca de R$ 2,8 milhões, entre créditos e débitos, o que denota que outras vítimas também foram chantageadas ao longo do tempo.
Nesta data, foram cumpridos mandados nas cidades de Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Nova Santa Rita, Sapiranga, Tramandaí, Salto do Jacuí e São Francisco de Assis, todas no Rio Grande do Sul. Até o momento, 13 pessoas foram presas e, em seguida, encaminhadas ao sistema prisional para os procedimentos de praxe. Por fim, foram empregados mais de 60 policiais gaúchos e catarinenses para o êxito dos trabalhos.