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Nilson Fornari diz que só recursos federais podem salvar Hospital São João Evangelista

Nilson Fornari explicou que a decisão de transferir a gestão para o grupo de Canoas levou em conta o conhecimento e capacidade de buscar recursos junto aos órgãos federais e que nenhuma outra pessoa se apresentou para assumir a direção

Foto: Henrique Lindner

Protesto ocorreu na manhã desta quinta-feira/Foto: Fabrício Ceolin

O atraso no pagamento dos salários levou os funcionários do Hospital São João Evangelista a promover novo protesto na manhã desta quinta-feira, 23. Eles afixaram faixas na fachada da instituição e se reuniram na calçada onde receberam o presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde, de Santa Cruz do Sul, José Carlos Haas. O dirigente do Sindisaúde disse que pretende se reunir ainda hoje com a nova diretoria que assumiu a gestão da casa de saúde.

Em entrevista à Rádio Sobradinho, Haas lamentou a situação difícil enfrentada pelos funcionários que ainda não receberam a integralidade do 13º salário nem os vencimentos de janeiro. Uma paralização do trabalho não está descartada, mas isso ainda será discutido em assembleia da categoria, uma vez que este tipo de protesto precisa seguir critérios legais.

Falando em nome da equipe de servidores, a enfermeira Bárbara Wietzke relatou que colegas seus estão sem recursos para dar conta de suas necessidades básicas e mesmo assim seguem trabalhando porque sabem da importância da área da saúde. Ela também denunciou que funcionários estariam recebendo ameaças devido à possibilidade de uma greve. Ela garantiu que não está faltando material para o atendimento.

Hospital São João Evangelista passa a ser gerido por um grupo de investidores de Canoas/Foto: Fabrício Ceolin

A gestão do hospital São João Evangelista será assumida por um grupo de investidores de Canoas, o mesmo que já administra o Hospital Nossa Senhora das Graças daquela cidade. A decisão foi tomada na semana passada pela diretoria da Associação beneficente São Marcos, mantenedora da instituição. O presidente da entidade falou nesta quinta-feira, 23, ao programa Enfoque.

Nilson Fornari lembrou que esta situação se arrasta há muito tempo e que em meados de 2022 a decisão era fechar as portas, quando o prefeito de Sobradinho, Armando Mayerhofer, e o secretário da Saúde, Vanoir Koehler, apresentaram uma alternativa para evitar que isso ocorresse. Fornari observou que a situação melhorou num primeiro momento, mas atualmente chegou a um ponto crítico novamente.

Nilson Fornari explicou que a decisão de transferir a gestão para o grupo de Canoas levou em conta o conhecimento e capacidade de buscar recursos junto aos órgãos federais e que nenhuma outra pessoa se apresentou para assumir a direção. Ele declarou que se essa opção der certo vai dividir isso com os demais membros da diretoria que aceitaram essa proposta, e se der errado vai assumir o resultado junto com o ex-administrador Vanoir Koehler, por terem apresentado essa solução.

Fornari fez críticas a certos médicos – sem revelar nomes – pelos altos valores cobrados em cirurgias, sem que isso tenha revertido em benefício do hospital. Disse que quando a Associação São Marcos assumiu o hospital de Sobradinho, os médicos teriam ficado com a parte que dá bom resultado financeiro, enquanto que a parte deficitária teriam deixado nas mãos da entidade. Nilson Fornari declarou, ainda, esperar que tenha disso levada adiante a ideia de uma auditoria federal que o ex-administrador ficou de solicitar.  Disse que se não houver destinação de recursos federais não haverá saída para o hospital e que está confiante na nova gestão por conta dos muitos contados que tem em Brasília.

O novo presidente do hospital São João Evangelista é Schauan Oliveira, do grupo de Canoas. Ele assume oficialmente o cargo no começo do mês de março, e veio hoje à Sobradinho, onde se reuniu, no final da manhã, com a diretoria do Sindicato dos Funcionários.

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