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Na tarde desta sexta-feira, na sede da Fiergs, em Porto Alegre, o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, esteve em audiência com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que visita o estado gaúcho, onde discutiram algumas das pautas da mobilização de terça-feira, em Porto Xavier. A Fetag-RS reforçou a importância da criação de barreiras ou de cotas de importação para produtos derivados de leite dos países do Mercosul.
Alckmin também ouviu o pedido de melhorias no Proagro, dentre eles, a desconsideração do Cadastro Ambiental Rural (CAR) como um dos critério para receber o benefício, a manutenção do entendimento de acionamentos por cultura/empreendimento sem somá-las e o aumento do limite de acionamentos para os estados afetados pela seca. O terceiro tema tratado, que é resultado da mobilização desta semana, é a compra pública de leite em pó, que será anunciada pela Conab na próxima semana.
De acordo com o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, “a agricultura familiar espera que medidas sejam tomadas no menor tempo possível e de forma eficiente, pois as reuniões acontecem, mas as respostas não aparecem. Precisamos de ações fortes e que realmente façam a diferença”, destacou o presidente da Fetag. O engenheiro agrônomo da Fetag-RS, Kaliton Prestes, também acompanhou a audiência em Porto Alegre.
Na última terça-feira, mais de 1.800 pessoas estiveram em Porto Xavier, na fronteira com a Argentina, para se manifestar contra as desigualdades que a categoria está sendo vítima devido a importação de produtos vindos de países do Mercosul. Fizeram parte da comitiva os presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Passa Sete, Danilo Trindade; de Ibarama, Gilson Rodrigues; de Lagoa Bonita, Sidinei Bach; de Lagoão, Regimar Rodrigues; Estrela Velha, Ernani Luiz Franceschi da Silva; de Segredo, Miguel Limberger, e de Sobradinho, Delmar Waide, além de outros dez dirigentes sindicais da região.
A mobilização teve como pauta principal o leite, mas também reivindicou pelos produtores de alho, vinhos, carnes e cebola, culturas que estão sofrendo devido a entrada de produtos dos países vizinhos com preços muito abaixo da produção nacional, o que torna as atividades praticamente inviáveis para a agricultura familiar brasileira.
