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Ministério Público de Candelária pede arquivamento do Caso Kolbe

O episódio emblemático foi registrado em Candelária na noite de 14 de novembro de 2019, quando o frentista Carlos José Kolbe, de 27 anos, foi morto por um tiro disparado por um policial militar.
Foto: Divulgação

Após mais de quatro anos e meio, foi finalizado o processo do chamado Caso Kolbe. O episódio emblemático foi registrado em Candelária na noite de 14 de novembro de 2019, quando o frentista Carlos José Kolbe, de 27 anos, foi morto por um tiro disparado por um policial militar.

Após anos de imbróglios jurídicos, o caso teve desfecho na tarde dessa terça-feira (04), quando o promotor de Justiça, Martin Albino Jora, solicitou à Justiça, por meio de um despacho, o arquivamento do inquérito policial por reconhecimento da excludente de legítima defesa própria e de terceiros por parte do policial, em conformidade com a conclusão do relatório final do delegado Paulo César Schirrmann e do inquérito militar do então comandante regional da Brigada Militar (BM), coronel Valmir José dos Reis.

A ocorrência teve início quando a Brigada Militar foi chamada para intervir em uma suposta perturbação de sossego na Rua José Bonifácio, nas proximidades de um posto de combustíveis, região central de Candelária. Conforme a BM repassou um dia após o fato, quando a guarnição chegou, Carlos estaria urinando em via pública. Houve então abordagem e revista no homem, que teria reagido e agredido um dos policiais com um soco no nariz. Foi necessária a intervenção de outro PM, que entrou em luta corporal com o frentista.

Carlos Kolbe teria tentado sacar a arma de um deles e acabou sendo atingido por um disparo na altura do abdômen. Na investigação do caso, que demorou seis meses para ser concluída, foram ouvidas 13 testemunhas, além de análise das perícias técnicas na pistola utilizada pelo policial e o exame médico legal. Em dois inquéritos que correram em paralelo, finalizados em 24 de junho de 2020, a Polícia Civil, chefiada na época pelo delegado Schirrmann, e a Brigada Militar, que tinha como comandante o coronel Reis, concluíram que o PM agiu em legítima defesa, após uma reação agressiva do jovem, abordado por ato obsceno. A família do jovem deve recorrer da decisão.

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