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Mayerhofer considera sua cassação injusta e diz que distribuição de brita está amparada em leis municipais

O prefeito, o vice e Maninho Trevisan foram condenados ao pagamento de multa de 40 mil reais, cada um, além da perda dos direitos políticos por oito anos, o que poderá gerar reflexos na próxima eleição municipal, caso a decisão não seja revertida em instâncias superiores

Foto: Evandro Trindade

O prefeito Armando Mayerhofer e seu vice, Ivan Trevisan, ambos do MDB, concederam entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 20, para avaliar a decisão da Justiça Eleitoral que cassou o mandato dos dois. A sentença, proferida pelo juiz Diogo Bononi Freitas, da 53ª zona eleitoral de Sobradinho, foi divulgada no começo da noite desta terça-feira.

O magistrado julgou procedente a ação que acusa o prefeito e seu vice de abuso de poder político e condutas vedadas em 2020, durante a gestão do então prefeito Luiz Afonso Trevisan, o Maninho. Naquele ano, Mayerhofer e Ivan foram eleitos para o atual mandato. A candidatura deles teria sido beneficiada com a distribuição de cargas de brita e uso do rolo compactador da prefeitura para empresários e eleitores.

Na entrevista coletiva de hoje, Mayerhofer declarou que ficou surpreso com a decisão, e que ele e Ivan vão recorrer junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Ele afirmou ainda que a distribuição de brita é um serviço que está previsto em legislação municipal e que por isso não poderia ser considerada ilegal. Para ele, isso ficou claro durante as audiências do processo, e que por isso considera injusta a condenação. Na sentença, o juiz Diogo Bononi Freitas lembra que a produção de brita teve aumento considerável naquele ano, quando um novo britador foi adquirido pelo município. O magistrado também apontou que a prefeitura não cobrou dos beneficiados a contrapartida de parte do custo da brita, conforme previsto na lei municipal.

Na entrevista, o prefeito alegou que o município não pode parar de executar seus serviços só por se tratar de ano eleitoral.  Já Ivan Trevisan disse que não fazia parte da administração municipal naquele momento e que está confiante que a decisão será revertida. Lamentou que enquanto poderia estar trabalhando, a administração municipal precisa se justificar para a população.

A denúncia originalmente havia sido feita pela coligação adversária de Mayerhofer e Ivan, formada por PP, PSB, PSDB e PTB, dos então candidatos a prefeito e vice Jorge Pohlmann e Gibran Trevisan, respectivamente. Posteriormente, eles desistiram da ação que foi, então, assumida pelo Ministério Público Eleitoral. O prefeito, o vice e Maninho Trevisan foram condenados ao pagamento de multa de 40 mil reais, cada um, além da perda dos direitos políticos por oito anos, o que poderá gerar reflexos na próxima eleição municipal, caso a decisão não seja revertida em instâncias superiores.

Armando Mayerhofer e Ivan Trevisan têm o direito de permanecer em seus cargos enquanto aguardam o julgamento do recurso. O juiz ainda determinou a remessa dos autos ao Ministério Público Estadual para apuração de possível ato de Improbidade Administrativa. Na entrevista coletiva desta manhã, Armando Mayerhofer e Ivan Trevisan estiveram acompanhados do Assessor Jurídico, Edenir Buligon.

(ERRATA: em notícia anterior, erramos ao informar que Alencar Furlan havia sido candidato a vice-prefeito, nas eleições de 2022, na coligação encabeçada por Jorge Pohlmann, quando na realidade o candidato havia sido Gibran Trevisan. Furlan fora candidato a vice-prefeito em 2016, na coligação liderada por Miguel Vieira. Pedimos desculpas pelo erro).

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