O município de Ibarama volta a sediar o tradicional evento Saberes, Sabores e Sementes Crioulas, que visa valorizar a biodiversidade local e promover a troca de experiências entre agricultores, estudantes, professores e técnicos. As atividades acontecem nesta quinta-feira (07) e sexta-feira (08), no Ginásio de Esportes João Lazzari e no Salão Paroquial, reunindo um público diversificado interessado na preservação e multiplicação de sementes crioulas, além do fortalecimento da agricultura familiar.
A programação começa na quinta-feira (07) com o 11º Seminário Regional dos Guardiões Mirins das Sementes Crioulas, que incentiva a juventude a dar continuidade às práticas tradicionais de cultivo. Na sexta-feira (08), estão previstas a 24ª edição do Dia da Troca de Sementes Crioulas, o 11º Seminário da Agrobiodiversidade Crioula, a 11ª Feira da Economia Popular Solidária e a Feira do Produtor Rural, além do Espaço Solidário das Plantas Bioativas e Sementes Crioulas.
A programação cultural inclui ainda uma tertúlia com música e poesia, destacando a rica cultura local.
Criado em 2002 inicialmente como o “Dia da Troca de Sementes Crioulas”, o evento evoluiu para o formato atual, graças ao trabalho dos agricultores familiares que mantêm viva a tradição do cultivo de sementes crioulas. A iniciativa tem forte impacto social, ambiental e econômico, promovendo a segurança e soberania alimentar no município e região.
A expectativa é de que cerca de mil pessoas participem das atividades durante os dois dias.
O evento é realizado pela Associação dos Guardiões das Sementes Crioulas de Ibarama, Emater/RS-Ascar e Prefeitura Municipal, com apoio da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Grupo Gaia, Capa, Efasol, Efasc, Embrapa Clima Temperado, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paróquia São Paulo Apóstolo, e patrocínio do Banrisul e da FrigoSerra Ltda.
Atualmente, cerca de 500 famílias de agricultores são acompanhadas pela Emater/RS-Ascar em Ibarama. O evento não adota um tema fixo a cada edição, buscando sempre destacar e compartilhar a biodiversidade regional — incluindo sementes, ramas, tubérculos e plantas bioativas — por meio de trocas, palestras, feiras e vivências.