A Polícia Civil, através da Delegacia de Agudo, concluiu e remeteu ao Poder Judiciário o inquérito policial que apurou a prática de feminicídio, ocorrido na cidade, no dia 21 de abril de 2024. Inicialmente o caso foi registrado como homicídio, porém, durante as investigações, concluiu-se que o crime ocorreu em razão de condição do sexo feminino da vítima, no contexto de violência doméstica e familiar, já que a vítima, de 20 anos, era namorada do indiciado, de 41 anos, sendo, portanto, feminicídio, também qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
O corpo da vítima foi localizado na região conhecida como Rincão do Pinhal, interior de Agudo, após ser alvejado por um disparo de arma de fogo e abandonado no local, além de apresentar marcas de lesão corporal. A motivação do crime foi passional, já que o indiciado apresentava comportamento abusivo, ciumento e possessivo em relação à vítima. A prisão preventiva do suspeito, foi representada e cumprida pela Polícia Civil na cidade de Tramandaí, no dia 6 de junho de 2024, após ele ter sido preso em flagrante delito por posse irregular de arma de fogo pela Brigada Militar. Além disso, estava também na condição de foragido do sistema penitenciário.
O indiciado possui vasta lista de antecedentes policiais, principalmente em Júlio de Castilhos e Tupanciretã. Ainda, já foi indiciado por crimes graves, como homicídio (quatro tentativas e uma consumação), roubo, porte irregular de arma de fogo de uso restrito, receptação, tráfico de drogas, associação criminosa e outros. O Inquérito Policial restou concluído com indiciamento pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O autor também já foi denunciado pelo Ministério Público pelos mesmos delitos e a denúncia foi recebida pelo Poder Judiciário da Comarca de Agudo.