O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, anunciou nesta terça-feira (9) a reserva orçamentária para a contratação, em 2026, do projeto executivo de pavimentação da ERS-347, no trecho entre Agudo e Ibarama. O anúncio foi feito durante reunião com uma comitiva de prefeitos, vereadores e lideranças da região Centro-Serra e da Quarta Colônia, realizada em Porto Alegre.
A comitiva foi integrada pelos prefeitos Valmor Mattana (Ibarama), Luiz Affonso Trevisan (Sobradinho), Vanderlei Hermes (Arroio do Tigre), além do vice-prefeito de Lagoa Bonita do Sul, Sidinei Bach. Também participaram Airton Wilhelm, vice-presidente da Região Central da Federasul, representantes do município de Agudo e os secretários estaduais Juvir Costella (Logística e Transportes) e Beto Fantinel (Desenvolvimento Social), além do diretor-geral do DAER, Luciano Faustino.
De acordo com Gabriel Souza, o governo estadual solicitará a inclusão de R$ 2 milhões na Lei Orçamentária Anual para viabilizar a contratação do projeto executivo, com previsão de finalização até o final de 2026. A expectativa é que a obra possa ser licitada em 2027. Com a reserva orçamentária garantida, a licitação para elaboração do projeto deverá ocorrer ainda em 2025.
O trecho a ser pavimentado possui cerca de 40 quilômetros e liga a região Centro-Serra à Quarta Colônia, beneficiando diretamente a população local e o escoamento da produção agrícola.
O secretário Juvir Costella destacou que a elaboração do projeto executivo é essencial para viabilizar a obra, considerada uma demanda histórica da região. Segundo o diretor-geral do DAER, Luciano Faustino, o custo estimado do projeto gira entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões. Ele também explicou que a iniciativa foi possível após a inclusão do trecho no sistema rodoviário estadual como rodovia planejada, por meio de resolução do DAER.
O secretário Beto Fantinel, que também é deputado estadual, reforçou a importância do anúncio. Em entrevista à Rádio Sobradinho AM, ele esclareceu que os recursos destinam-se exclusivamente à elaboração do projeto de engenharia — uma etapa indispensável para que a obra possa ser licitada no futuro. Fantinel acrescentou que, após a conclusão do projeto executivo, será possível buscar recursos estaduais, federais e até do setor privado, via ICMS, conforme prevê a legislação vigente.
Sobre eventuais dúvidas da população em relação a anúncios de obras em meio à crise de infraestrutura causada pelas enchentes de 2024, Fantinel afirmou que o atual governo tem cumprido seus compromissos. Como exemplo, citou a reconstrução da ERS-348 entre Agudo e Dona Francisca, que deve iniciar nos próximos meses com a construção de uma ponte seca de aproximadamente 900 metros.
