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Filha de homem morto em Lagoão espera investigação transparente e justa

O agricultor de 54 anos foi morto no último domingo à noite, na localidade de Coxilha Alegre, interior de Lagoão, depois que a BM foi acionada pelo Conselho Tutelar

Foto: Arquivo pessoal

A filha de Roque Elemar Correa, morto por dois disparos efetuados por um PM no último domingo, 17, entrou em contato com a reportagem das rádios Sobradinho AM e Jacuí FM para manifestar sua posição sobre o caso. Geisiéle Aparecida Corrêa contou que seu pai e sua madrasta haviam participado de uma festa de aniversário ao meio-dia, e admitiu que os dois ingeriram bebida alcoólica. Segundo ela, isso, no entanto não teria motivado nenhuma agressão ao filho do casal.

Geisiéli afirmou que os três dormiam no momento da chegada do policial e dos membros do Conselho Tutelar. Conforme ela, o pai teria reagido usando uma faca de pequeno porte após ter a criança retirada da casa. A filha lamentou que o PM não tenha utilizado outra forma para contê-lo e garantiu que Roque Elemar Correa não representava risco, não tem antecedentes criminais, e que se trata de um aposentado por invalidez e usava muletas para caminhar. Geisiéle Corrêa ainda fez um apelo para que a morte de seu pai tenha uma investigação transparente e justa, lembrando que era uma pessoa querida na comunidade.

O agricultor de 54 anos foi morto no último domingo à noite, na localidade de Coxilha Alegre, interior de Lagoão, depois que a BM foi acionada pelo Conselho Tutelar. O órgão pediu apoio policial para atender a uma ocorrência em que uma criança estaria em risco devido à briga de um casal. Segundo o comando da 5ª Companhia da Brigada Militar, a intenção era retirar a criança da casa e levá-la para um lugar mais seguro. O casal teria se negado a colaborar e o homem investido com uma faca contra o PM, momento em que foi atingido pelos disparos.

Já o Coronel Giovani Paim Moresco, comandante Regional da Brigada Militar no Vale do Rio Pardo, também falou sobre o fato. Em entrevista ao programa Enfoque da Rádio Sobradinho na manhã desta quarta-feira, 22, ele lamentou o desfecho da ocorrência e prestou solidariedade aos familiares do aposentado. Ele garantiu, no entanto, que o PM apenas atirou porque foi ameaçado pelo homem.

De acordo com o coronel, não resta outra alternativa se uma pessoa não obedece às ordens do policial e passa a atacá-lo, acrescentando que neste tipo de situação não é possível o uso de arma não letal. Ele lembrou que um Inquérito Policial Militar vai apurar a conduta do brigadiano. O caso também será investigado pela Polícia Civil.

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