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A falta de chuva, que causou estragos em diferentes culturas, também afetou o desenvolvimento do pinhão – ainda que em 2022 o déficit hídrico tenha sido mais intenso. De acordo com o extensionista rural da Emater do município, Anderson da Silva, a projeção é de uma safra semelhante à do ano passado, mas com uma redução. Ele revela que o pinhão vermelho está com a colheita atrasada, e tem aparentado estar verde, várias pinhas estão com falhas, mas está começando agora a ser comercializado.
De acordo com o extensionista, para o Festival do Pinhão, que acontece no dia 5 de maio, em Passa Sete, às trabalhadoras rurais projetam utilizar 50 Kg da semente de produção local, para a elaboração de todas as receitas. Anderson, destaca que a baixa produtividade dos pinheiros, é característica da alternância da araucária, pois a cada três anos, produz safra cheia. Ele lembra que no ano retrasado a floração e a fecundação foram ruins, isso se reflete agora na safra desse ano. A exemplo de Santa Catarina e Paraná, o Rio Grande do Sul, já permitiu a antecipação da colheita e da venda do pinhão. Normalmente iniciada no dia 15 deste mês, começou no dia primeiro.
O objetivo é proteger a espécie, em extinção, e que as famílias que dependem dessa atividade extrativista consigam colher por mais tempo o produto. A colheita no RS se estende até agosto. Em relação ao preço, está superior ao do ano passado. A começar pelo reajuste do preço mínimo feito pelo Ministério da Agricultura. De acordo com a pasta, o quilo está R$ 4,05, quase 27% maior do que o estabelecido em 2022. Questionado sobre o preço praticado em Passa Sete, o extensionista Anderson da Silva, revela que no município são poucos vendedores que estão comercializando a semente até agora, mas, o preço médio está em R$ 10 reais o Kg, e revela que nos mercados o preço chega a até R$ 20,00 reais.