Foto: Arquivo Pessoal
O coordenador Regional de Saúde explicou as razões que levaram a escolha do Hospital de Candelária como referência para os partos pelo SUS para sete municípios do Centro Serra. Em entrevista ao programa Enfoque desta quinta-feira, 24, Júlio Lopes lembrou que após várias reuniões entre hospitais, prefeitos e Secretaria Estadual da Saúde ficou definido que o Hospital Santa Rosa de Lima passaria a oferecer o serviço.
Conforme ele, a instituição de Arroio do Tigre chegou a assinar o contrato com o Estado, mas uma semana depois desistiu. Lopes preferiu não comentar sobre as possíveis razões que levaram a direção do hospital de Arroio do Tigre a tomar a decisão. Questionado se a motivação não foram as muitas exigências apresentadas pela Secretaria Estadual da Saúde, ele respondeu que não, e acrescentou que algumas normas foram flexibilizadas. O coordenador citou como exemplo a possibilidade de manter uma enfermeira obstetra 24 horas por dia ao invés de um médico.
Júlio Lopes lamentou que os municípios do Centro Serra tenham de transportar as gestantes até Candelária, e disse que é motivo de frustração para ele não ter sido possível implantar o serviço num dos hospitais da região. No início das discussões sobre a implantação da regionalização dos partos, os hospitais São João Evangelista – hoje Cristo Acolhedor – e Santa Rosa de Lima manifestaram interesse em oferecer o serviço. A instituição de Sobradinho foi descartada por falta de equipe especializada, momento em que o hospital de Arroio do Tigre foi o escolhido e posteriormente acabou desistindo do contrato.
Questionado sobre os valores de investimento por parte do Estado e por parte dos hospitais para possibilitar o serviço e se isso não seria um dos motivos que levaram a instituição de Arroio do Tigre desistir da oferta, Lopes disse que devido a uma política interna da Coordenadoria e por determinação da Secretária Estadual de Saúde Arita Bergmann, não poderia tratar dos valores publicamente. Contudo, ele destacou que cada hospital e cada oferta de serviço, a depender da complexidade, tem um valor pré-estabelecido e o estado entra com a sua parte através do Programa Assistir. No entanto, o coordenador destacou que mantém viva a expectativa de que em breve um dos hospitais possa retomar o diálogo com a Coordenadoria a fim de implantar o serviço de regionalização de partos para os municípios da região.






