Condenado por crimes tributários, Janderson Nunes assume cargo de vereador em Sobradinho

A Lei Orgânica do município estabelece que um vereador nestas condições deve perder seu mandato. Nunes disse que não cometeu o crime e que vai provar sua inocência.
Foto: Vinícios Rech

O presidente da Câmara de Vereadores de Sobradinho, Valdecir Bilhan (PL), disse em entrevista à Rádio Sobradinho que vai aguardar uma notificação oficial do Ministério Público ou da Justiça Eleitoral para tomar providências a respeito da situação do vereador Janderson Nunes, o Berê (PP). O progressista foi condenado por crimes relacionados à ordem tributária – sonegação de impostos na sua empresa de compra e venda de tabaco, tendo seus direitos políticos suspensos no dia 18 de setembro do ano passado, e por isso teve seu mandato cassado pela Câmara no dia 25 de novembro de 2024. No entanto, ele concorreu nas últimas eleições e foi reeleito.

Apesar dessas circunstâncias, ele foi diplomado pela Justiça Eleitoral e empossado como vereador nesta quarta-feira (1º). Conforme o presidente da Câmara, agora o vereador pode sofrer o mesmo processo de cassação do seu primeiro mandato. Caso isso ocorra, o suplente Miguel Vieira deve assumir os trabalhos no Legislativo. Em entrevista exclusiva à Rádio Sobradinho, Janderson Nunes disse que ainda não foi notificado e que tomou conhecimento da condenação pela imprensa e por seu advogado. Ele ainda disse que, devido ao período eleitoral, esse assunto veio à tona. Berê negou que tenha cometido os crimes tributários e disse que vai provar sua inocência. Questionado se estaria confortável em assumir o cargo de vereador, mesmo sabendo da condenação, o parlamentar disse que foi eleito pelo povo e que, por justiça, tomou posse como vereador.

Berê ainda disse que foi condenado por erro do advogado que havia constituído anteriormente para sua defesa e que, segundo ele, perdeu prazos. A Lei Orgânica do município estabelece que um vereador nestas condições deve perder seu mandato. No entanto, até que a Justiça Eleitoral ou o presidente da Câmara adotem alguma medida, ele continua no exercício do cargo. Já o Cartório Eleitoral informou que o Ministério Público ingressou com uma ação contra a diplomação do vereador. O julgamento do pedido caberá ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ainda sem data prevista, o que poderá embasar uma futura decisão da Mesa Diretora da Câmara.

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