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Começa julgamento da mulher, filha e genro acusados de homicídios no interior de Segredo

Segundo a acusação, o trio teria planejado a execução de José Darício de Souza, por motivação financeira

Foto: Jorge Foletto

O Tribunal do Júri está reunido no Fórum da Comarca de Sobradinho para o julgamento de Calinca Maria Lopes de Souza, 26 anos; a mãe dela, Hulda Maria Lopes de Souza, 43, e João Ricardo Prestes, de 29 anos. Os três são acusados de terem planejado o assassinato do agricultor José Darício de Souza, 43 anos, e do peão da propriedade Mazonde Rodrigues de Nepomuceno, de 64 anos. Os dois foram mortos a tiros em maio de 2020, em Rincão Nossa Senhora Aparecida, no interior de Segredo.

Na manhã dessa segunda-feira, 25, iniciou a fase de oitivas de nove testemunhas: duas indicadas pelo Ministério Público e seis pela defesa. A estimativa é de que o julgamento dos três réus se estenda por pelo menos dois dias. Segundo a acusação, o trio teria planejado a execução de Souza, por motivação financeira. Segundo a acusação, a motivação para o crime seria o recebimento de uma apólice de seguro de vida em nome da vítima. Para isso, teria sido forjado um assalto à propriedade. Durante a investigação, a Polícia desconfiou do comportamento da filha. Inicialmente ela negou participação no crime, mas, três dias depois, admitiu ter planejado a execução do pai.

Segundo a polícia, ela detalhou ter planejado o crime por dois meses. Calinca e João Ricardo foram os primeiros a serem presos. Por suspeita de envolvimento no assassinato do ex-marido, Hulda foi presa poucos dias depois e admitiu que sabia dos planos da filha. Ela estava separada de José Darício há cerca de dois meses quando ocorreu o crime. Ao ser ouvida pela Polícia, Hulda revelou que a família estava brigando pela divisão do patrimônio que incluía a propriedade rural, veículos, dinheiro no banco e a safra de tabaco daquele ano. Ela alegou acreditar que sairia perdendo na divisão patrimonial porque o ex-marido teria dito que ela ficaria sem nada.

Um quarto réu, apontado como o criminoso contratado por R$ 5 mil para executar as vítimas, responde a processo separado, e deve ser julgado dia 20 de novembro, às 9 horas. A filha e o genro de José Darício de Souza teriam buscado o matador de aluguel previamente contratado, em Candelária, no carro da ex-mulher do agricultor. Depois, os três teriam seguido até a propriedade onde o crime foi executado. As Rádios Sobradinho AM e Jacuí FM acompanham o julgamento com boletins.

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