Foto: Fabrício Ceolin/Arquivo Rádio Sobradinho
O Juiz Diogo Bononi Freitas, da 2ª Vara Judicial da Comarca de Sobradinho, condenou três réus (dois homens e uma mulher), pelo assalto a um minimercado no interior de Passa Sete em maio de 2021, a penas que variam de 46 até 58 anos de prisão.
Em uma sentença de quase 50 páginas, o magistrado descreve as ações e os fatos que levaram à condenação dos réus. Dois dos réus na companhia de outros três não identificados no inquérito policial, todos encapuzados e armados com revólveres e armas longas, renderam um cliente que estava na frente do estabelecimento comercial e pegaram seu telefone celular. Em seguida, os criminosos utilizaram-se de uma marreta para arrombar a porta da residência/minimercado, tendo ingressado dentro do imóvel e anunciaram o assalto, fazendo o casal de moradores de refém, a filha de 05 anos do casal e também cliente. Os criminosos amarraram as vítimas e exigiram dinheiro, apontando as armas, ameaçando, tendo obrigado uma inclusive uma vítima a tomar vinagre, segundo consta na denúncia do Ministério Público.
Foi roubado dinheiro, diversas mercadorias do estabelecimento comercial, e veículos. Após, os assaltantes arrancaram as câmeras de segurança do local e subtraíram o HD que armazenava as filmagens. Eles também levaram as vítimas até o porão da casa e as chavearam no local. A Delegacia de Polícia cumpriu diversas diligências, entre quebra dos sigilos telefônicos e mandados de busca e apreensão.
Entre os condenados, está um casal morador da mesma localidade das vítimas, que forneceu guarida e apoio logístico para os assaltantes. A pena fixada para ambos foi de 46 anos e 10 meses de reclusão. O outro réu foi condenado a 58 anos e 4 meses por ter organizado e dirigido a atividade dos demais réus. O quarto réu denunciado estava foragido desde que teve sua prisão decretada porém foi morto ao participar de um assalto a banco na cidade de Santana da Boa Vista no início deste ano. A mulher está em prisão domiciliar concedida pelo TJRS e os dois homens estão presos preventivamente desde o início das investigações e permanecerão detidos segundo determinado na sentença. Ainda cabe recurso.
