A delegada de Polícia Graciela Foresti Chagas emitiu uma nota oficial na tarde desta segunda-feira, 01, sobre as investigações que envolvem uma clínica que atende crianças com necessidade especiais de Arroio do Tigre. Entre outras informações, a delegada revela que solicitou à justiça a determinação de sigilo das investigações. Também esclarece que todas as medidas adotadas até o momento pela Polícia Civil seguiram os critérios legais e contaram com o amparo do Poder Judiciário.
Batizada de Operação Mercenários, a investigação apura denúncias de possíveis irregularidades que envolvem a proprietária do estabelecimento privado e também médicos. Entre as suspeitas estão o suposto uso de cargo público pela sócia-proprietária para captar e direcionar crianças da rede municipal de ensino para o próprio estabelecimento, a emissão irregular de diagnósticos de síndromes sem observância dos critérios legais e com resultados incompatíveis com as necessidades das crianças, e um possível uso excessivo de medicação e ausência de autorização para atuação com caráter clínico.
Confira a nota da delegada na íntegra:
“A Delegada Graciela Foresti Chagas, no uso de suas atribuições legais, em face da intensa especulação acerca da operação deflagrada em Arroio do Tigre recentemente para investigar médicos e um estabelecimento privado, esclarece: 1) as medidas cumpridas observaram todos os critérios legais exigidos e foram expedidas pelo Poder Judiciário com a anuência do Ministério Público; 2) a Polícia Civil não veicula identificação de investigados, contudo, no caso em tela, os próprios investigados tem promovido grande campanha auto-expositiva com sucessivas manifestações em redes sociais; 3) a Polícia Civil postulou ao Poder Judiciário a decretação de Sigilo das investigações após a Delegacia ter sido procurada por pessoas que já depuseram como testemunhas e alegaram que o conteúdo de suas declarações estariam sendo expostas pelos investigados a fim de constrange-las. Assim, considerando a gravidade da circunstância, a medida tem por objetivo preservar não só as testemunhas, mas a própria investigação e caso não alcance o objetivo, outras poderão ser adotadas, conforme faculta a lei”.
A delegada Graciela Foresti Chegas informou que não pretende conceder entrevista, por enquanto, sobre o caso. A proprietária da clínica também não aceitou convite para entrevista, até o momento.








