Pais de alunos das Escolas Municipais Santo Antônio, da localidade de Taboãozinho, e Jacob Dickel, de Coloninha, interior de Arroio do Tigre, estão mobilizados contra o possível fechamento de turmas nas duas instituições. Na manhã desta quarta-feira (16), representantes das comunidades realizaram uma carreata pelas ruas da cidade e, em seguida, se concentraram em frente ao Centro Administrativo, onde entregaram um abaixo-assinado à Prefeitura Municipal.
Com faixas e cartazes, os manifestantes pedem que a Secretaria de Educação reveja a decisão de transferir os alunos do 5º ao 9º ano da Escola Santo Antônio para a Escola Jovino Fiuza, em Sítio Alto. Em entrevista ao programa Enfoque da Rádio Sobradinho, Marlon da Silva, pai de aluno e porta-voz da comunidade de Taboãozinho, afirmou que a medida atinge diretamente 35 estudantes, e pode comprometer o futuro da escola, que atualmente atende 73 alunos no total.
Ele contestou os argumentos da administração municipal, que justificou a decisão pelo alto custo de manutenção das turmas, pela escassez de professores e pela proposta de melhorar a qualidade do ensino. Marlon lembrou que, em gestões anteriores, chegou a ser cogitada a implantação de turmas multisseriadas como alternativa, mas a ideia foi descartada.
Segundo ele, a Escola Santo Antônio conta com boa estrutura física e um ginásio de esportes recém-construído, cuja inauguração está prevista para agosto. Com a transferência para Sítio Alto, alguns alunos precisariam se deslocar até 20 quilômetros, o que preocupa os pais quanto ao tempo e à segurança no transporte.
A presidente da APM da Escola Santo Antônio, Mariéli Rubert, lamentou a falta de diálogo com a comunidade escolar antes da definição. Uma comissão de pais foi recebida pela secretária de Educação, Vilma Telöken, que afirmou que a decisão busca garantir qualidade pedagógica, e que a organização de turmas multisseriadas não é padrão recomendado. Ela também destacou a dificuldade de contratação de professores no município.
Os pais, no entanto, afirmaram que a nova logística acarretará longos deslocamentos e salas de aula superlotadas, além de prejudicar a convivência e o desenvolvimento dos alunos no ambiente escolar. O prefeito de Arroio do Tigre, Vanderlei Hermes não participou da reunião.
