Prefeitos do Centro Serra participam de mobilização em defesa da cadeia do tabaco em Brasília

Prefeito de Ibarama Valmor Mattana, destacou a relevância do setor

Prefeitos da região Centro Serra participaram, nesta quarta-feira (9), de uma audiência pública no Auditório Freitas Nobre, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O encontro foi promovido pela Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) e teve como objetivo defender a importância econômica, social e cultural da produção de tabaco, especialmente para os pequenos municípios do Sul do Brasil.

Representando a região estiveram presentes os prefeitos Vanderlei Hermes (Arroio do Tigre), Alexander Castilhos (Estrela Velha), Valmor Mattana (Ibarama), Luis Francisco Fagundes (Lagoa Bonita do Sul), Nélio Fornari (Lagoão), Leodegar Rodrigues (Novo Cabrais), Paulo Henrique Reuter (Tunas) e Luiz Afonso Trevisan (Sobradinho).

A mobilização faz parte dos esforços para que o Brasil adote uma posição equilibrada na 11ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP-11), marcada para novembro, em Genebra.

Durante a audiência, o prefeito de Ibarama e presidente da Associação dos Municípios do Centro Serra (AMCSerra), Valmor Mattana, destacou a relevância do setor para a agricultura familiar e para a economia regional. “O tabaco não tem veneno. O que existe é o uso controlado e regulamentado de defensivos agrícolas, como em qualquer outra cultura. É preciso desfazer mitos e valorizar quem produz com responsabilidade”, afirmou.

O presidente da Amprotabaco, Gilson Becker, reforçou que o movimento também busca a descriminalização da atividade e o reconhecimento da cultura do tabaco como estratégica para a economia rural.

O secretário estadual da Agricultura, Edivilson Brum, garantiu que o governo do Rio Grande do Sul estará representado na delegação brasileira na COP-11. Segundo ele, mais de 60% dos municípios gaúchos dependem da agricultura, e muitos têm no tabaco sua principal fonte de renda.

Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), defendeu ações mais firmes para enfrentar a narrativa anti-tabaco. “São 509 municípios produtores. Precisamos transformar esse potencial em um fórum positivo para o setor”, declarou.

A fala foi reforçada por Romeu Schneider, presidente da Câmara Setorial do Tabaco do Ministério da Agricultura e vice-presidente da Afubra, que alertou para a exclusão da cadeia produtiva nas decisões internacionais. “A Convenção-Quadro nunca ouviu o setor produtivo, e mesmo com ela em vigor desde 2005, o número de consumidores aumentou”, apontou.

Edimilson Alves, diretor-executivo da Abifumo, também criticou a falta de diálogo. Segundo ele, “o governo federal deixou de arrecadar mais de R$ 100 bilhões nos últimos 10 anos com o avanço do cigarro contrabandeado”. Para Alves, a união entre os representantes do setor é fundamental para reverter esse cenário.

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