Foto: Henrique Lindner
Os novos dirigentes do Hospital Santa Rosa de Lima de Arroio do Rifew, divulgaram dados sobre a situação financeira da instituição e anunciaram mudanças no atendimento. Foi nesta terça-feira, 18, em entrevista ao programa Enfoque da Rádio Sobradinho. O novo presidente da entidade mantenedora do hospital, Ernani Zimmer, a vice-presidente, Madalena Pasa, e o tesoureiro Enio Mainardi, disseram que são necessárias medidas para colocar em dia as contas.
Segundo eles, existe um déficit de cerca de 130 mil reais. Apesar disso, os salários dos funcionários e os compromissos com os fornecedores estão em dia, mas que há atrasos no pagamento de tributos. Entre as novas medidas anunciadas, a principal é a redução no atendimento pelo SUS, que atualmente responde por 90% dos atendimentos. Enio Mainardi, Ernani Zimmer e Madalena Pasa disseram que o limite será de 70 AIHs por mês, acrescentando que, embora a entidade seja filantrópica, é necessário cobrir os custos. Eles lamentaram que a tabela do SUS não tenha sido corrigida nos últimos 20 anos. Também disseram que um dos motivos do déficit é o longo prazo de internação de muitos pacientes pelo Sistema Único de Saúde, e que isso revela que muitas pessoas estariam delegando ao hospital a responsabilidade de cuidar de seus familiares.
Os gestores do hospital Santa Rosa de Lima também deixaram claro que a porta de entrada para atendimento via SUS são os postos de saúde, ou seja, quem optar em consultar em clínicas particulares não terá direito a internação pelo sistema público. Quanto ao pronto atendimento, ele seguirá em funcionamento no período noturno conforme o convênio com cada prefeitura. Os dirigentes do hospital de Arroio do Tigre ainda criticaram o governo pela falta de maior retorno dos impostos pagos pela população e que a situação de todos os hospitais filantrópicos do país é de muita dificuldade.
