Diretora-executiva da ITGA diz que produção no Brasil é exemplo para o mundo

A diretora-executiva da ITGA disse que a visita à região possibilitou conhecer mais detalhes do setor no Brasil, inclusive programas como o Verde é Vida, o Viveiro Agroflorestal e a Expoagro Afubra

Foto: Ana Luísa de Lara e Fabrício Murini

A diretora-executiva da Associação Internacional dos Países Produtores de Tabaco (ITGA), Mercedes Vázquez, esteve em Santa Cruz do Sul e região nos dias 22, 23 e 24 de fevereiro, em agenda de trabalho visando conhecer mais sobre o sistema produtivo e a organização do setor no Brasil. Acompanhada pelo analista de mercado, Ivan Genov, ela esteve com produtores e representantes de empresas e de entidades ligadas ao setor.

A culminância dos diversos encontros e reuniões ocorreu com entrevista coletiva à imprensa regional na tarde da última sexta-feira, 24, na sede da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). Entre os temas abordados, Mercedes falou sobre os principais desafios dos produtores de tabaco no mundo e as expectativas para a COP 10 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco), que será em novembro de 2023, no Panamá. A diretora-executiva da ITGA disse que a visita à região possibilitou conhecer mais detalhes do setor no Brasil, inclusive programas como o Verde é Vida, o Viveiro Agroflorestal e a Expoagro Afubra.

Sobre a atuação da ITGA, Mercedes Vázquez lembrou que visa manter o setor que, mesmo sendo cheio de desafios, é muito organizado. Ao ressaltar a importância de o setor se unir para tentar representação legítima na conferência, Mercedes destacou a necessidade de estratégias para levar as informações da produção ao conhecimento dos representantes de cada país. Ela advertiu que “as reuniões da COP são operadas por delegados do setor da saúde e as tratativas visam acabar com a produção do tabaco”.

Sobre a pauta da COP 10, conforme a diretora da ITGA, possivelmente serão tratadas questões já inseridas em eventos anteriores, como diversificação, e que hajam debates de temas ligados a questões ambientais, impactos climáticos, de direitos humanos, novos produtos de tabaco e de rastreamento da produção. Além disso, segundo Mercedes, discussões antigas de conferências anteriores, podem voltar. Sobre o contrabando, um dos grandes problemas do setor no Brasil, Mercedes Vázquez lembrou que a COP tem um tratado de mercado ilícito. Nesse contexto, ela comentou ainda que o governo brasileiro não consegue controlar as fronteiras, deixando entrar produtos ilegais.

A previsão para a próxima safra é de aumento na produção mundial, o que pode afetar o desempenho dos negócios brasileiros. Conforme a diretora-executiva da ITGA, o Malawi tem previsão de melhoria depois de uma queda no ano passado, o Zimbabwe está anunciando uma superprodução de mais de 300 mil quilos, os EUA apresentam estabilidade na produção do tabaco Virgínia e a China não divulgou perspectivas.

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