Foto: Henrique Lindner
Os vereadores Tiago Bertolo (MDB), e Carlinhos da Silva (Progressitas), lamentaram o novo pedido de vista ao projeto que dispõe sobre a classificação do tabaco na propriedade do produtor. Em entrevista ao programa Enfoque desta quinta-feira, 24, eles disseram que estiveram na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira e que, embora lamentem a situação, já imaginavam que isso poderia ocorrer.
Conforme os dois vereadores arroiotigrenses, representantes do Sindicato das Indústrias estão permanentemente na Assembleia pressionando os deputados para que não aprovem a matéria. Mesmo assim, eles acreditam que ainda seja possível aprovar o projeto. Os vereadores fizeram um apelo para que, além dos produtores e suas entidades, também o comércio apoie a iniciativa e pressione os deputados porque toda região depende desta cultura. Tiago Bertolo e Carlinhos da Silva lamentaram também que as empresas fumageiras nem ao menos apresentaram uma contraproposta ao projeto, como por exemplo, a redução no número de classes. Atualmente são 45, o que seria utilizado como estratégia para reduzir a média paga ao produtor pelas indústrias na hora da venda do produto.
Tiago e Carlinhos disseram que ainda existe uma possibilidade de o projeto ser levado à votação em dezembro, e que se isso não correr, em 2023 terá que passar por todas as comissões novamente para ser votado e poderia até mesmo ficar para 2024. Por isso eles consideram fundamental a reunião da próxima semana na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa.
O mais recente pedido de vista foi feito pelo deputado Mateus Wesp, do PSDB. O projeto que prevê a classificação do fumo na propriedade rural é de autoria do deputado Zé Nunes, do PT. Sua tramitação tem esbarrado em vários pedidos de vista e falta de quórum nas comissões técnicas da Assembleia Legislativa.